O cladograma é um diagrama que representa as relações filogenéticas entre os seres vivos. Simples não? E o que são essas relações filogenéticas?
Filogenia é a arte de estudar quais são os parentes dentro da história evolutiva. Para tornar o entendimento mais fácil, o cladograma é utilizado.
- Um cladograma básico é formado por ramos e nós. Cada ramo (traço) representa uma linhagem evolutiva e as intersecções entre esses ramos, ou nós, representam o momento em que as linhagens se dividiram resultando em táxons (unidades taxonômicas, podem ser famílias, reinos, gêneros, espécies, depende da escala e nível que está utilizando, entenda melhor no post sobre Classificação Biológica) diferentes. Os pontos encontro podem ser interpretados como o ancestral comum entre as espécies, ou seja, a espécie de onde todos os ramos sequenciais originaram-se. Vai aí uma imagem para o melhor entendimento de duas formas de cladograma.
(Na figura vemos exemplos de dendogramas. A e C nos fornecem a mesma informação, a diferença entre eles é estética. B é outro tipo de representação gráfica que indica fim nos topos que não chegam até o alinhamento final. Em C houve o alinhamento dos ramos terminais no topo para indicar continuidade.)
-É claro que tudo isso também depende da cladogenética. Um exemplo de evento cladogenético é o surgimento de barreiras geográficas separando uma população inicial em duas, que não se comunicam mais. Cada uma dessas populações, agora separadas, passa a ter sua própria história evolutiva. Em função dos eventos anagenéticos, essas populações modificam-se ao longo do tempo, podendo originar duas espécies distintas. Características vantajosas que surgem nas populações podem ser mantidas por seleção natural.
Construindo um cladograma
Confira então o passo a passo de como se fazer um cladograma :
1) Antes de montar o cladograma é importante perceber as diferenças e semelhanças entre as espécies analisadas. Sendo assim montar uma tabela com o nome dos seres e suas respectivas características é o primeiro passo .
2) Feita a tabela é necessário que os dados sejam analisados para que a estrutura do cladograma possa ser observada e bem estudada.
3) Depois que todos os resultados forem encontrados pode-se começar a fazer o cladograma. A base é a figura abaixo.
4) Esta etapa é a mais importante e talvez uma das mais complicadas: é a hora de preencher o cladograma com os seres e as suas características. Para isso é importante levar em consideração a ordem do modelo acima com o nome da espécie no fim das retas paralelas e a característica em questão nos “nós”. A ordem de colocação das características também é importante. Da direita para a esquerda devem ser colocadas as mais comuns, presentes em todas as espécies que estão a sua esquerda.
5) O cladograma estará pronto quando todos os dados forem colocados de maneira correta e sua aparência será parecida com a do modelo abaixo:
Bons estudos.
Referencias bibliográficas:
https://escolaeducacao.com.br/cladograma/
http://www2.unifap.br/alexandresantiago/files/2014/05/cladogramas.pdf
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